22 de abril de 2008

Imagina

Fragilidade: coisa que evitei pelas duras costas que inventei. Coração-palafita e fracasso: estou na cheia, corpo estranho solto entre sargaços... e a lágrima que parece descer de montanhas já riscou seus meandros por entre as rochas: chega-me com facilidade - eu que sempre me fiz alto, é preciso que se diga, eu que tentei ser pedra e só me fiz vidro nestas páginas desertas, é preciso que se diga! Estou perdendo a prática: fôlego curto, perna fraca. Esperei. A voz de quem? O verso - aquele - que te mandei. Esta escrita truncada, monótona: porque o mar não existe. Mas sei que a próxima onda alcança o castelo. Você faz outro, menino.

Nenhum comentário: