No centro king-size de minha cama, ali redescobri um nome real. Recuperei-o. O começo haverá de ser um desconhecido lugar. Falo a partir das domésticas furnas, onde palavras são ecos. Faltava-me o nome. O quarto e o casal de Bali comprado numa feirinha qualquer. O quarto e seus livros. O quarto e a luz de um abajur. O quarto e um jazz. Sílaba e nota. Começa um nome. E os lábios pintam-se de confiança. Abertos. De janelas que se olham e não mais enxergam a rua. Teu aposento em meu corpo ainda existe, arrendado. Um coração bric-a-brac guarda nomes. O teu pode ser João; o meu eu hei de confessá-lo.
Um comentário:
'é como se então de repente se chegasse ao fundo do fim'. bonito aqui.
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