23 de junho de 2008

Eclipse de luna

Colecionam amores. Reclamam o espetáculo enquanto esqueço peripécias. Desconstruo. Ninguém quer ouvir o que não falo. Mas escutarei com rosto atento a todos e farei perguntas para que prossigam - o necessário espectador. Assim posso contar azulejos. Pintar guerras em cobalto, amores em ciano e a lua em indigo. Uma gota de sangue, mínima, fê-la púrpura. De um antigo tom de conchas. Réquiem polifônico: tuba e ingemisco. Fiz um menino mirando o céu: sei que demora a adormecer. Kyrie eleison.

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