8 de maio de 2008

Janelas abertas

Sim, eu poderia ignorar as brasas de junhos, para que eu continue uma bandeirola na manhã seguinte. Recolher os balões e evitar o esqueleto consumido em lume. Ou ainda fazer dos foguetes acalanto e despertar alguns anos adiante perguntando ao tempo por ti. Mas esta janela aberta, frente àquela estação de trem, ensinou-me muito cedo as ciências retilíneas: o sereno sobre a fogueira e as miudezas coletivas dentro da pólvora no formigueiro: o mau tempo e o susto de subterrâneas costuras da rotina - será ainda São João? Se já faz Sol e meu coração o assume, me preocupa o azul, ao fundo, que o sustenta.

3 comentários:

disse...

Linkado... rs!
Menino, ô se conheço o Personare!! Hihihihi...

Besos.
Vc 'ganhou' mais uma leitora!
;)

x disse...

Leim,

Sua prosa é como a poesia da Hilda, se ela venerasse MBP!

beijos

Cotº

Guga Pitanga disse...

Olá! Primeira vez por aqui, e a primeira a gente nunca esquece. Boa escrita, além do gosto musical. Saludos!

Pitango
http://www.lenfantdeboheme.blogspot.com/