26 de dezembro de 2008
2. Esperança perdida
Promessas, qual nada. Amanhecer. Ninguém diz. Ouvidos da casa, mudos. Esperei que ligasse. Esperei que dissesse. Mesmo assim respondi: Eu só queria um, um, bom motivo para não desistir. Como se quisesse, eu também. Como se déssemos graça. Como algum troço que nem se lembra. Alguém. Traço. Qual nada! Ter de ligar o rádio. Música ordinária, ordinário mundo.
1. Love for Sale
São três: Love for Sale, da Billie e Illusions, da Dietrich. Nesta ordem, durante o banho. A certeza íntima de que ninguém saberia entender. Porque estou acima de qualquer história. Porque estou acima da autocrítica. Porque estou acima destas palavras ordenadas. Sim, a certeza subterrânea de que eu sou aquele que entende; não aquele que diz: isto é jazz. A terceira foi o silêncio.
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