9 de novembro de 2009
Angélica
Aos olhos chorosos e inúteis disse dali, pregado em martírio: acalma-te, mãe, que o peito ainda vive. Crente, ligou o rádio e pode cantarolar um samba-canção, cuja letra lhe escapava.
5 de novembro de 2009
Minhas madrugadas
O calor - demais - derretia os corpos sobre a cama. Os punhos cerrados não reteram a carne desfeita em lágrima. Um carro derrapava em roxa velocidade pela noite paulistana. O menino insone não viu. Mas que bobagem: era a lua nova tão grávida da última madrugada.
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